Siga o coelho branco

A indústria de Tecnologia da Informação (TI) segue impactando estruturas e estratégias de negócios, agora especialmente motivada (ou pressionada) pela necessidade premente de transformação digital que assola o planeta.

Do outro lado do balcão, nessa jornada, os gestores de TI somam aos novos desafios da nova era a difícil tarefa de colocar na agenda da alta direção a necessidade de uma TI cada vez mais estratégica e não mais como um centro de custos. Uma das formas de alcançar esse status é por meio da inovação, alinhada aos objetivos de negócio.

E esse é o papel do comandante da TI (CIOs). Ele precisa ter uma visão do futuro no presente, envolvendo a equipe nessa cultura e se integrando às áreas de negócio em um regime de parceria e não mais como atendente de clientes internos. O CIO é o profissional mais preparado para a transformação, na avaliação do instituto de pesquisas global Gartner, e quem poderá levar a TI até mesmo a passar a se chamar Tecnologia de Negócios (TN).

Além da pressão pelo digital, no atual cenário político-econômico brasileiro, a TI é cobrada para fazer mais com menos. E a inovação, muitas vezes, é a melhor saída para conquistar uma excelente relação custo-benefício. Adotar ou não adotar essa ou aquela tecnologia, ser mais ou menos agressivo nas inovações, ser o pioneiro em uma tendência ou aguardar com cautela para perceber os impactos são questões que rondam os pensamentos dos executivos diante desse quadro desafiante.

 

São muitos os candidatos em inovação tecnológica. As novidades em gestão da informação, ligadas ao impulso que podem dar aos negócios, têm sido destaque nas discussões sobre administração.

Um dos exemplos de recursos é o CRM (Customer Relationship Management – Gestão de Relacionamento com os Clientes), que já foi marcado por ascensão e queda no mercado e, hoje, aliado a outros recursos, é aplicado de maneira eficiente e inteligente. A isso se dá o nome de “inovação”, que não precisa ser necessariamente algo novo. É muitas vezes a prática diferenciada de uma tecnologia existente.

 

Dados: o futuro hoje

O importante hoje é exercitar o olhar para o futuro como direção, analisar o passado e seus resultados versus promessas feitas. O poder de captura, armazenamento, tratamento e distribuição de informação na era da Internet tomou uma dimensão muito maior, com fontes de dados muito mais polarizadas e disponíveis. Imagine a imensidão de dados em áreas como varejo, bancos, hospitais.

O conceito por traz do Big Data, por exemplo, considera modernas tecnologias para a gestão dos dados estruturados e não estruturados, somando-se ao pacote complexos algoritmos, inteligência artificial, estatística, entre outros.

Vale relembrar a repercussão do Business Intelligence (BI) há muitos anos no mercado, que revolucionou diferentes negócios e foi tema de variados artigos divulgados na web. Um deles, de título “O que cerveja tem a ver com fraldas”, de Evandro Archer. O artigo destaca o estudo da consultoria global IDG que revela as contribuições estratégicas do data warehouse – um sistema que abriga todas as informações da empresa. Nele, os executivos podem obter, de modo imediato, respostas para as perguntas mais inusitadas e, com isso, tomar decisões com base em fatos, não apoiadas em meras intuições ou especulações misteriosas.

Hoje, há muitos estudos sobre o uso inteligente da informação como alavanca para superação nos negócios. O autor Salim Ismail sustenta em sua obra “Exponential Organizations” que a busca por novas fontes de informação para sustentar novas companhias e negócios seria a essência da revolução rotulada como “Big Data”.

Um dos artigos da Harvard Business Review, o “Data Scientist: The Sexiest Job of the 21st Century”, dos autores Thomas H. Davenport e D.J. Patil, alerta para a falta de profissionais já em 2012, gerando restrição aos avanços do Big Data, e mostrando o poder das análises de grandes massas de dados. Além disso, ressalta a importância da atuação do cientista de dados, que até hoje se mantém.

As possíveis aproximações sugeridas pelos algoritmos escritos pelo cientista de dados, diz o artigo, criaram ações automáticas. Funcionalidades como “Pessoas que você talvez conheça” alcançou uma taxa de cliques (click-through) 30% maior do que a taxa obtida por outros avisos. Esses insigths foram obtidos pelo PhD em Física de Stanford e cientista de dados Jonathan Goldman.

Fato é que cada momento corporativo e de mercado demandam abordagens específicas, o que em outras épocas era chamado de “alinhamento de estratégias de TI com estratégias de negócio”. Diante de uma frequência ainda mais forte de inovação como nos tempos atuais, um olhar crítico deve superar o olhar romântico dos apaixonados pela tecnologia.

Assim, tecnologia por si só não agrega o devido valor à empresa. O investimento deve considerar também processos, pessoas, métodos e indicadores de acompanhamento e ajuste. Em momentos de escassez de recursos, é recomendável paciência e análise para conter impulsos na adesão das novas ondas. Cabe ao gestor de negócios, juntamente com a TI, trabalharem em parceria, em colaboração, para encontrar o melhor caminho e assim alcançar os objetivos do negócio.

As cartas estão na mesa.

 

Artigo elaborado por Evandro Archer, especialista em Gestão da Inovação e Transformação Digital.

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