O UOL DIVEO, braço de tecnologia do Grupo UOL, anunciou nesta quinta (13) que dividiu suas operações em duas empresas diferentes: UD Tecnologia e Compasso.
Enquanto a UD terá como foco oferecer serviços de infraestrutura (mais especificamente, data center e colocation), a Compasso (empresa comprada em 2013 pelo UOL) fornecerá soluções relacionadas ao setor de transformação digital, como desenvolvimento ágil, serviços gerenciados e implantação de tecnologias como inteligência artificial e machine learning.
“O negócio de serviços de transformação digital e de data center/colocation são bem distintos e demandam formatos diferentes de operação. Nos ajustamos para conseguirmos ter um foco maior em cada uma das frentes e podermos ser mais ágeis e eficientes em criar valor para nossos clientes. Por isso, estamos nos reorganizando para explorarmos ao máximo o potencial de cada um dos negócios”, explica Gil Torquato, presidente de ambas as empresas.
Com a separação, a empresa espera oferecer um atendimento com maior qualidade para seus clientes, além de explorar novas possibilidades de negócio dentro de empresas com as quais já trabalham. A projeção de crescimento está estimada em mais de 50%, afirma Torquato.
Investimentos e melhorias
Atualmente, a UD Tecnologia conta com dois data centers e está em processo de construção de um terceiro para aumentar a capacidade de serviço (que atualmente está em 80%). De acordo com Torquato, a construção do novo local está orçada em R$ 200 milhões.
Já os investimentos da Compasso estarão focados em pessoas – mais especificamente, na contratação de talentos para atender aos mais e 2 mil clientes que utilizam as soluções da marca.
A principal iniciativa da empresa nesse sentido é um programa de bolsas de estudo para alunos de cursos de tecnologia da informação. Segundo Alexis Rockenbach, COO da Compasso, 60% dos integrantes do programa (espalhado por 13 cidades do Brasil) são contratados pela companhia.
Com 1,5 mil funcionários, a Compasso espera ultrapassar a marca de 2 mil funcionários até o final de 2020. “Esse projeto [a expansão da empresa] não para em pé sem a formação de mão de obra”, reforça Rockenbach.