A transformação digital está revolucionando o mundo, e não é diferente com o mercado financeiro. Novas fintechs surgem com propostas únicas e bancos tradicionais se vêem obrigados a pensar na digitalização dos negócios.
O fato é que as startups vêm roubando cena. De acordo com o Fintech Mining Report 2019, estudo realizado pela Distrito, somente no Brasil já são 550 fintechs em atividade. Esse número não para de crescer, prova disso, é a criação de 231 delas entre 2016 e 2018.
Mas, afinal, qual o diferencial delas? Entre tantas, quais têm realmente se destacado pelo potencial de inovação?
A seguir, apresentamos três cases de fintechs que estão se firmando como bancos digitais. Confira!
Foxbit se torna a maior corretora de criptomoedas do país
A Foxbit, principal startup fintech brasileira no segmento de criptomoedas completou apenas 5 anos em 2019. Fundada por João Canhada, Guto Schiavon e Felipe Trovão, a Foxbit, sediada em São Paulo, é pioneira em bitcoin, e desde sua criação já transacionou mais de 2.444.403 em criptomoedas, contando com mais de 650 mil clientes.
Com liquidez, segurança e agilidade para compra e venda de bitcoin, a Foxbit foi eleita pela Delloite|Exame como a PME que mais cresceu em 2018. Para 2020, a fintech espera atingir a marca de 1 milhão de usuários, consolidando sua marca no mercado cripto definitivamente.
Neon investe em startup MEI Fácil
Inicialmente, a fintech ganhou mercado entre os bancos digitais com a oferta de conta corrente digital. Contudo, a startup vem trabalhando para ir muito além. Recentemente, o Neon lançou um serviço de conta para pessoas jurídicas e cartão de crédito em parceria com a Visa. Outra iniciativa, que ainda está em fase de testes, é uma frente de crédito pessoal.
Com o objetivo de aumentar sua participação no mercado de bancos digitais, a fintech comprou a startup MEI Fácil, que ajuda os clientes a obter CNPJ, emitir nota fiscal, pagar guias de impostos, e conta ainda com serviços de educação financeira e emissão de boletos.
A partir da fusão, que aconteceu em setembro, o número de clientes do Neon deu um salto, chegando à marca de 3,3 milhões de contas abertas e 1,6 milhões de usuários ativos.
Sicredi lança o banco digital Woop
Não são apenas as startups financeiras que vêm se destacando. Na jornada em busca da inovação dos negócios financeiros, instituições tradicionais constroem bancos digitais, garantindo a participação no mercado financeiro.
Lançado em 2018, o Woop é um projeto da estratégia de transformação digital do Sicredi, que inclui a substituição progressiva dos sistemas que processam os produtos e serviços bancários para uma plataforma em nuvem, bem como a construção de uma plataforma para a inovação. Tudo isso com o objetivo de entregar uma experiência mais simples e positiva aos associados.
Para tanto, o Sicredi desenvolveu um Datalake baseado na plataforma AWS, suportando diversas fontes de dados e o processamento das informações por meio do uso do cluster Elastic Map Reduce (EMR), fornecendo os data sets tratados para os insights e decisões estratégicas do negócio.
“A ideia foi suportar diversas fontes de dados, fornecendo os data sets tratados para os insights e decisões estratégicas do negócio”, explica Cleyton Ferreira, CTO da Compasso UOL.
Durante o Smart Business Experience, promovido pelo UOL DIVEO (atual Compasso UOL) e AWS, em São Paulo, Ferreira acrescentou que um dos principais objetivos para o projeto foi avaliar que era preciso muito mais dados e a estratégia adotada foi baseada no conceito de Datalake – um único repositório dentro da empresa com o objetivo de permitir processos analíticos mais avançados e gerar insights mais relevantes para o negócio.
Assim, o Datalake foi construído para os processos analíticos em tempo real com recursos AWS escaláveis para suportar a cultura de dados do Sicredi, tema principal para a instituição financeira. Embora o Woop hoje só ofereça conta corrente digital, a ideia é que todo o core bancário esteja na nuvem.
Os novos projetos dos bancos digitais surgiram para simplificar procedimentos e oferecer maior comodidade e flexibilidade a seus usuários, tudo isso com um custo mínimo, funcionalidade e inovação.
Gostou do conteúdo? Quer conhecer cases de inovação em outras áreas? Então, confira o artigo: Cases 2019 de inovação na indústria 4.0.